A tecnologia da impressão tridimensional é uma das ferramentas usadas para criação e aprimoramento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC). No último mês, a Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (Estes/UFU) recebeu a nova Impressora 3D Stratasys F370, que será utilizada em atividades de ensino, pesquisa e extensão. 

Os recursos para a compra do equipamento são provenientes do Programa de Apoio às Universidades Federais de Minas, que também financiará a construção e modernização de outros laboratórios da Estes. O manuseio da impressora passa a fazer parte da rotina dos estudantes da escola a partir do próximo semestre.

O que essa impressora faz?

Equipamento de modernização custa em média 500 mil reais. Foto: Anna Franco

As impressoras 3D, de modo geral, são equipamentos utilizados para a fabricação de objetos tridimensionais que, por sua vez, são produzidos pelo depósito de sucessivas camadas de material a partir de um modelo digital.

A máquina adquirida pela Estes/UFU realiza a impressão enclausurada com aquecimento, isto é, o processo ocorre em uma cabine aquecida que, neste caso, possibilita o controle de temperatura de até 100°c. Além disso, a tecnologia permite a paralisação do processo para adição de materiais como porcas e parafusos. Também possui dois compartimentos, que são destinados para o sistema de sustentação do equipamento, que viabilizem a impressão inclinada dos produtos e, assim, mais precisão no resultado final.

As principais vantagens do uso dessa tecnologia são: a precisão no objeto impresso e a rapidez do processo. Na impressão de teste realizada pela escola, por exemplo, foi possível produzir uma chave de grifo, sem necessidade de encaixe de peças, em apenas 45 min.

Os objetos impressos serão usados para aprendizado dos alunos. Foto: Anna Franco

O que essa conquista representa para o ensino da Estes?

O equipamento possibilita a impressão em 8 tipos de materiais diferentes. Foto: Anna Franco

A inserção da máquina na aprendizagem dos alunos do curso Técnico de Segurança do Trabalho beneficiará, principalmente, as pesquisas da área. “Hoje em dia, os EPIs não se adequam ao trabalhador. Esses equipamentos geralmente são produzidos com base nas características físicas e morfológicas de europeus, de pessoas da América do Norte, que são um pouco diferentes das nossas, então às vezes os óculos apertam a cabeça ou não protegem totalmente o rosto. Com essa impressora, a gente vai conseguir propor soluções para esse tipo de problema.” afirma o professor Dnieber Chagas de Assis, um dos responsáveis pela compra do equipamento.

Além disso, essa nova aquisição representa um avanço nas produções práticas da disciplina de desenho técnico e a modernização de mais um laboratório da escola. Por fim, a impressora também representa novas oportunidades para projetos de pesquisa e extensão, que também poderão contar com parceria entre cursos dentro e fora da Estes.