Lista de doenças relacionadas ao trabalho é atualizada
Publicado: 18/04/2024 - 09:46
Última modificação: 18/04/2024 - 16:56
Após uma espera de 24 anos, o Ministério da Saúde acrescentou 165 novas patologias à lista de doenças relacionadas ao trabalho. A alteração pauta a necessidade de renovação constante dos responsáveis pela promoção de ambientes de trabalho seguros e saudáveis, bem como altera as dinâmicas para a obtenção desses resultados.
O professor Guilherme Fernando Soares de Araújo, do Curso Técnico em Segurança do Trabalho da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (Estes/UFU), comenta o impacto da medida: “Cada vez mais, o técnico em segurança do trabalho precisará ser um profissional multidisciplinar. Percebe-se, com essa atualização, que doenças relacionadas à saúde mental estão bem presentes, indicando que este precisará ter uma forte formação em Psicologia.”
Mas você sabe o que faz o técnico em segurança do trabalho?
Com o objetivo de promover esses espaços de trabalho saudáveis, as responsabilidades do técnico em segurança do trabalho incluem a identificação, avaliação e controle de riscos laborais. Além disso, também é seu compromisso a implementação de medidas preventivas para garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores.
Entre as ações que o técnico promove, estão: informar sobre processo saúde-doença, educar quanto aos riscos ocupacionais, fiscalizar o ambiente de trabalho e gerir os riscos dos processos produtivos.
Quais mudanças podem ocorrer no dia a dia do técnico?
A atualização da lista de doenças relacionadas ao trabalho possibilita uma atuação mais ativa e coerente em relação às novas patologias adicionadas ao documento. "Ao ter uma lista que adeque a dinâmica do processo saúde-doença, temos um sistema mais proativo na prevenção primária das enfermidades”, sublinha Araújo.
Sendo assim, a mudança torna essencial que os profissionais da área busquem por aprimoramentos para saber como abordar essas novas questões levantadas pelo material do Ministério da Saúde. Os processos de saúde-doença evoluem e, caso não ocorra essa atualização constante, o risco de gerar problemas graves na proteção da saúde do trabalhador é grande.